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domingo, janeiro 18, 2009

Momentos

a noite cai...
mas o dia sempre amanhece
brota uma semente
um botão de rosa se abre
antes que mais um dia se acabe

os ventos sopram para o norte
e as brisas trazem de volta os mesmos ares
um ciclo aberto
a dor e o remédio

a noite cai...
orvalho doce
lua banhada de prata
silenciosa companhia das estrelas

a noite cai... sempre cai
o dia renasce
noite e dia se completam
momentos de sombra e luz
na eterna sabedoria da natureza

quarta-feira, janeiro 14, 2009

Desconhecida

Sou uma desconhecida nessa terra de realidades cruas
sou uma imagem de sonhos irreais
ora! todos os sonhos não são apenas sonhos?
Como pode haver algum sonho que seja real?
De onde vim os sonhos são momentos tão ou mais reais que a realidade desse mundo
Sou uma desconhecida nesta terra sem fim
Sou passado nostálgico
e esperança sincera de dias melhores
minha alma não cala um segundo
mas minhas palavras são desconhecidas nesses muros de concreto
minhas palavras são como criaturas da noite
caminham, vagam... se perdem esquecidas
ficam em meio as sombras
quando encontram alguem: assustam!
Eu sou uma desconhecida
minha fama não é maior
que a transparência das minhas lágrimas em noites insanas
Sou uma desconhecida em meio as palavras de sonho, amor e tempo
Eu caminho rumo a estrada que me leve
estrada que chegue na morada dos poetas mortos pelos próprios versos
dos poetas eternos... por terem a alma imortal de poeta

quinta-feira, janeiro 08, 2009

O seu medo

Você tem medo de fechar os olhos
ver o que está dentro de você
perceber que você é poço
e que eu sou tua corrente

Você tem medo de abrir a boca
de dizer “eu te amo”
tudo porque alguém pode ver...
tudo porque eu posso não querer

Você tem medo de abrir os olhos
e enxergar o mundo
bem na sua frente tem uma estrada
será que eu sou teu rumo?!

Você acha que está no caminho certo
mas quando chega bem no meio da estrada
você reconhece... é a hora errada
eu quero ir pro fim
eu quero ir pro fim
ai você para e se pergunta:
será que você pensa em mim?!