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terça-feira, março 27, 2007

Tributo a um cavaleiro


Passavas errante
Pelo meu caminho
Num dia de sol
Num dia sem lua...

Perguntei: quem és?
Olhei nos teus olhos
E não houve resposta
Houve apenas tímido sorriso

Pus-me a seguir teus passos
Me arrastando...
Saltitando entre os obstáculos
Tremendo quando fazia frio

Para onde vais? Perguntei
E outra vez não obtive resposta
Mas segurastes minhas mãos
E calaste minhas perguntas
Com um beijo

Mas enfim chegamos
A um caminho
Onde apenas um podia seguir
E tu serenamente disseste:
Até logo...

E agora
Por fio
Num devaneio
Te vejo caminhando
Cavaleiro andante
Sem espada
Sem armadura
Apenas com sonhos atados... dourados

E não és tu que vais embora
Sou eu que não te encontro
Tu vais além
Mas nos meus sonhos
Ainda me encontro
Mergulhada em teus olhos caçadores...

Imagens não reveladas


Imagens não reveladas

Soa no tempo
Uma canção perdida
Em horas
Que não foram contidas

O acaso que derrubou folhas
Que não puderam esperar o outono
É o mesmo acaso que nos ronda...

nesse portal de esperança
Há paisagens indescritíveis
Um momento de riso
Um sopro indefectível de amor

Tem rostos sorrindo
Lugares brilhantes
Todo um sol pra se pôr

Caminho que ainda não passou...

Estrada que não terminou...

Sonho que não se acabou...

Alegria incontida num peito aberto

De desejo? Não... só de amor!

Fotos num álbum virtual
Imagens de horas
Que o tempo
Ainda não revelou...