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sábado, novembro 18, 2006

O menino e a janela


Havia uma janela[bem pequena]
Havia também um menino
[muito menino]
Mas seus sonhos eram gigantescos
Havia uma leve brisa
Que vinha de fora
E entrava pela janela
E essa brisa despertava algo no menino
E de dentro para fora iam e vinham idéias brilhantes
O horizonte era uma alvorada
O anoitecer um mal eterno
O amanhecer uma promessa continua
O menino contemplava tudo
Com os olhos bem abertos
E o peito apertado
O mundo era quase algo intangível
Mas o mundo não parecia engraçado
E todos aqueles sonhos mirabolantes
Onde caberiam?
Ninguém sabe...
Um dia amanheceu mais frenético
E aquele menino virou um homem
Foi da janela
Que o menino olhou o mundo
E descobriu que ser homem
Não permite mais contemplar o mundo
Por janelas...


Kethlene

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